De acordo com Resende, Sousa et. al (2010) o caminhoneiro
brasileiro é um profissional que percorre longas distâncias, dorme na boleia do
caminhão, alimenta-se mal, não tem segurança e conforto. A consequência disso é
a baixa autoestima e a sensação de marginalização vivida por esses profissionais,
gerando problemas sociais ao país.
Em contrapartida, os caminhoneiros atuam de forma
preponderante para o crescimento econômico do país, transportando todo tipo de
mercadorias, para atender as necessidades da população. Sua jornada de trabalho
é frequentemente longa, com sono de baixa qualidade e exercícios físicos
insuficientes (TAYLOR; DORN, 2006). Portanto, se encontram vulneráveis às
desordens psicológicas devido a essas situações particulares de estresse
inerentes a profissão.
De acordo com levantamentos realizados pela previdência
social de 2008 para cá, os transtornos mentais são a terceira maior causa de
afastamentos de trabalho no Brasil, perdendo apenas para as doenças do sistema
osteomuscular, caso da LER (Lesão por Esforço Repetitivo), e as lesões
traumáticas. Dentre os transtornos, o mais comum é a depressão, seguido de
ansiedade ocasionada por estresse pós-traumático (surgindo depois de acidentes
graves com risco de morte).
Muitas vezes essas patologias se desenvolvem a partir do que
se chama de estresse ocupacional. Tendo como exemplo cumprir metas abusivas, cobranças
e riscos, e a pressão que se forma leva às alterações. O profissional
caminhoneiro entra para o grupo de risco devido a prazos abusivos de entrega,
violência nas estradas, a falta de segurança em postos, os assaltos e
sequestros relâmpagos, sobretudo na madrugada.
Dessa forma, se faz necessário a implementação de ações que visem contribuir para a melhoria de saúde física e emocional desses profissionais.
Dessa forma, se faz necessário a implementação de ações que visem contribuir para a melhoria de saúde física e emocional desses profissionais.
Fontes:
RESENDE, P. T. V.; SOUSA, R. S.; SILVA,
J. V. R. Fontes de tensão e estresse nos
caminhoneiros brasileiros: uma análise a partir do modelo occupational stress
indicator. Simpoi 2010.

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